Utilizado em diversos rituais e presente em selos americanos, simbolismo gera polêmica e diversas teorias sobre seus significados
Acredita-se que este olho protege contra energia negativa e traz sorte. “O objeto é usado em rituais islâmicos e é curiosa a sua adoção por povos cristãos, como a Grécia e a Armênia”, esclarece Safa Jubran, professora de língua e literatura árabe da Universidade de São Paulo (USP). “Ele é encontrado em todos os países árabes, Armênia, Grécia e Irã”. É muito comum ver olhos gregos ou turcos pendurados em portas, carros ou na forma de pingentes, anéis e chaveiros.
Em turco, o olho é chamado de Nazar Bancugu. Bancugu quer dizer “conta”, de rosário. A palavra Nazar, da língua árabe e emprestada pela Turquia, significa olhar, visão. Acredita-se que quando existe algum mau olhado, o olho absorve a energia e se quebra, protegendo a pessoa da negatividade. A forma mais comum do amuleto é o olho de vidro azul.
Acredita-se que o mau olhado tem a cor azul, portanto o olho de vidro da mesma cor seria o mais eficaz em desviá-lo. Uma das teorias para a adoção do azul é o fato de se tratar de uma cor rara na população local, que tem, em sua maioria, olhos castanhos ou cor-de-mel. Também conhecido como o Olho que Tudo Vê, o olho turco – um único olho humano cercado por feixes de luz – é símbolo do poder observador e protetor de um Ser Supremo.
Ele aparece no Grande Selo dos EUA e até em alguns símbolos da Maçonaria, onde representa o Grande Arquiteto do Universo. Função semelhante de proteção foi dada ao Olho de Horus, no Antigo Egito, e ao Terceiro Olho do Buda, na Índia. A fusão de culturas também chegou na elaboração dos amuletos. Como a região que engloba a Turquia coincide com áreas da Europa e do norte da África, onde a ferradura é usada como amuleto de proteção, na Turquia é possível encontrar uma combinação das duas. Ferraduras cobertas por pequenos olhos são as mais comuns.
Fonte: lindorock